sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Fitando horizontes, não acabo. Vou tecendo com o que permaneceu.
Se me sobra algum espaço, logo escasso... Desvio os olhos e finjo não ser eu.

Quero outras guerras em teu olhar, novas formas de amor e medo.
Quem sabe ainda caberá no afago uma só lacuna de desassossego...

Cambaleando por entre desejos recebo o que não é meu.
Inquieto-me com o tempo a findar...
Dobro a esquina, inverto a direção.
Mudo de ares, de mares...Digo não!

Palavras estendidas horizonte a dentro. Não findo, na estrada ainda há um velado desconforto.
Caminho rumo ao porto, em busca de naus e desesperos ...
O que ficou é um desafio diário de dor e compreensão.
Já se vão as horas tardias, janela a fora... movediças.


Giselle Veiga e Otavio Meloni
(setembro/dezembro de 2008)

3 comentários:

Juliana Veiga disse...

dps diz q não sabe..
viu, ficou lindo!
(não resisti e vim ver.. rs)

bjinhos, inté mais

Caroline Tavares disse...

Que lindo!

Ju disse...

Uau!!! Coisa de adulto!!!
Muito, muito bom!!!