terça-feira, 29 de abril de 2008

Veja bem, meu bem...

Veja bem, meu bem
Sinto te informar que arranjei alguém
pra me confortar.
Este alguém está quando você sai
E eu só posso crer, pois sem ter você
nestes braços tais.
Veja bem, amor.
Onde está você?
Somos no papel, mas não no viver.
Viajar sem mim, me deixar assim.
Tive que arranjar alguém pra passar os dias ruins.
Enquanto isso, navegando vou sem paz.
Sem ter um porto, quase morto, sem um cais.
E eu nunca vou te esquecer amor,
Mas a solidão deixa o coração neste leva e traz.
Veja bem além destes fatos vis.
Saiba, traições são bem mais sutis.
Se eu te troquei não foi por maldade.
Amor, veja bem, arranjei alguém
chamado saudade.
(Marcelo Camelo)

domingo, 27 de abril de 2008

Madrugada rasga o visgo, segue devagar provocando luz. Aurora intrometendo-se diluindo o silêncio. Brota da ânsia cortante. Ignora minha ousadia, alimenta candidamente o outro eu. Não deixando digitais em minh´alma...


João

Giselle
Marcelo
Rodrigo
Igor
Carlos
Rodrigo

26/05/2006
Festa do CREPE!
Chão no pensamento enquanto vem vento agitado no pescoço. Correu a distância rasteira que festeja, ainda, intacta, a proximidade da saudade. Tarde esquecida, escura, densa... Hoje o nada vale clichê, mesmo sendo infinito. Logo o momento representa, divinamente, a dúvida. Não conservo dor, mesmo agora, mesmo minha. Só acontece...


Fabrício Soares
Felipe
Giselle Veiga
João Cavalcanti
Juliana Veiga
Rebeca Soares
18/05/2006

sábado, 26 de abril de 2008

Camiseta usada sobre a cadeira. Silêncio na varanda. Hospício de sombras. Vento sussurra gritando nada. Mentes fervem mentindo. Sobem fazendo barulho, acalentando deuses imaginários, que pedem socorro. Desminto! Enquanto falo, pássaros sobrevoam pensamento. Óbvio, não seria prejuízo? Despeço os abrigos que constituem algum vestígio possível. Roupas coloridas perambulam pela calçada vestindo luzes despistadas. Fogos incandescentes estilhaçam sujeitos indecisos. Corro porque sinto falta de algo meu. Aonde chegarei amanhã? Em nenhum guarda-roupa inventado. Loucura? Não... Embriaguez.


Aline Miranda
Gabriela Brandão
Giselle Veiga
Juliana Bessa
Juliana Veiga

12/05/2006

Precisa explicar, é?!


Resolvi explicar o meu blog também!
Não acho tão necessário, mas acho válido.
Bom, as pessoas verão aqui muito mais citações e paráfrases do que textos meus. Infelizmente eu não tenho esse dom! (Seria dom uma boa palavra?!) Bom, que seja um árduo trabalho...não tenho paciência...uma pena. Mas também não sofro muito com isso. Prefiro ler. Leio os outros e teço impressões. Aí, quem sabe um dia, entre sonhos e realidade eu acabe por me arriscar a brincar de escrever?

sexta-feira, 25 de abril de 2008

"(...) Eu acho que a vida é uma invenção. Se você quer inventar pro ruim você inventa pro ruim, se quiser inventar pro bom você inventa pro bom.
(...)
Mentira! Ninguém sabe qual é a verdade [sobre a existência]. Ou você escolhe dizer que tudo é uma merda, que não tem sentido nada...não ajuda ninguém, pode até ganhar o Prêmio Nobel, mas não ajuda ninguém. Eu prefiro o cara que bota a vida pra cima, já que ninguém sabe qual é a verdade. Eu vou botar pra baixo?!"

(Ferreira Gullar no filme "Vinicius de Moraes")

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Quando eu tô triste me escondo dentro de mim. Fico enrroladinha como se tivesse medo do pé escapar por entre as cobertas. E nesse vazio silencioso percebo que só eu posso cuidar de mim... Só eu me entendo. Só eu me escuto. Eu me basto pelo que sou.
Sozinhando em eternidades respingo-me nos outros.
(Fevereiro/2008)